domingo, 7 de julho de 2013

O Baile de Halloween – parte dois.


O Baile de Halloween – parte dois.
“Rose respirou fundo mais uma vez e olhou para Scorp. Balançou a cabeça, sinalizando que ele já podia começar, e então, começou a cantar.”
Scorp olhou fundo nos olhos de Rose quando ela balançou a cabeça. Ele começou a tocar no teclado, as notas soando como as de um piano. E então a voz suave da ruiva preencheu o salão.
– Trying hard to fight this tears, I'm crazy worried… messing with my head this fear, I'm so sorry… – Ela olhava ao redor, procurando saber o que todos estavam achando. Johnny bocejou da platéia, sendo cutucado mais uma vez por Fred. – You know you gotta get it out, I can't take it, that's what being friends about…
E então a música de verdade começou. Scorp batia nas teclas com vontade, Albus tocava a bateria fervorosamente e Lysander e Dominique mexiam as cordas de seus instrumentos sem dó nem piedade.
– I, I wanna cry, I can’t deny, tonight I wonder I've been high, – de repente todos na plateia estavam assustados, mas de um jeito bom, estavam presos ao show. – and get inside, it isn't right, I gotta live in my life! – Todos da banda foram até Albus, e então Dominique tirou cinco latinhas de seu cinto. Eles tocavam com uma mão só, pois a outra estava ocupada com uma lata de limonada. – I know I, I know I, I know I gotta do it, I know I, I know I, I know I gotta do it! – todos voltaram aos seus lugares e começaram a dançar ao som da voz de Rose. – Gotta turn the world into your dance floor, determinate, d-determinate! – ao cantarem as palavras “determinate, d-determinate”, eles faziam um tipo de passo de dança, deslizando para um lado e depois para o outro, e logo a plateia começou a dançar também. – Push until you can't and then demand more, determinate, d-determinate! You and me together, we can make it better! We gotta turn the world into your dance floor, determinate, d-determinate!
Rose sorriu ao ver todos na plateia animados, dançando e gritando. Lysander sorriu de lado ao ver uma das garotas que brigara com eles outro dia dançando, e a outra garota batendo nela.
– Hate, to feel this way, it was today, I gotta get myself on stage! I shouldn't wait, or be afraid, the chips will fall where they may… – Lysander começou a cantar junto com Rose. – I know I, I know I, I know I gotta do it, I know I, I know I, I know I gotta do it! Gotta turn the world into your dance floor, determinate, d-determinate, push until you can't and then demand more, determinate, d-determinate…
Rose foi para o lado de Dominique enquanto Scorp pendurava o teclado no pescoço e pegava um microfone, se dirigindo até o meio do palco. Ao chegar, lá, sorriu e começar a cantar sua parte da música, um rap. E ele cantava muito rápido.
– It's Wen and I'm heaven-sent, use it like a veteran, renegade, lemonade, music is my medicine – nesse momento o director olhou para a Sra Brumford e perguntou o que ele tinha acabado de dizer, e como resposta, ela sacudiu os ombros e continuou dançando. –, go ahead and try to name my band, we ain't better than, reason why the whole world 's piking us insted of them, people need a breather, cause they're felling the adrenaline, STOP! Now hurry up, and let us in, KNOCK! Cause we're coming to your house, and people keep on smiling like there's, lemons on their mouth, I'm the real deal, you know how I feel, why they're in it for the meal, I'm just in it for the trill, get down now, I ain't playin' around, put your feet up from the ground, and just make that sound, what?
Dominique gritou junto com a música enquanto Rose repetia o refrão.
Lysander sorriu ao ver as pessoas animadas, mas o sorriso escapou de seus lábios ao ouvir garotas desesperadas na plateia gritando – gritando por Albus. “ALBUS LINDO, TESÃO, BONITO E GOSTOSÃO”, uma delas gritava, e aquilo simplesmente incomodou a loira.
– Come on and, come on and, come on and get it going; Come on and, come on and, come on and get it going; On the dance floor, on the dance floor! – Dominique se jogou no chão e começou a girar enquanto tocava a guitarra e cantava, junto com Lysander e Rose. –D-D-Dance floor, determinate!
Eles pararam no palco, ofegantes e felizes ao ouvir os assobios, aplausos e gritos.
– Cara, vai ser difícil competir com eles no Rising Star – Fred disse para Johnny, sorrindo bobamente.
O outro fechou a cara e cruzou os braços.
– Cala a boca, eles não são bons. – Johnny resmungou.
– Não, eles são incríveis – ele respondeu, rindo.
Rose sorriu e pegou o microfone.
– Bem, obrigada... nós somos Lemonade Mouth, e agora algumas palavras da nossa guitarrista, Dominique Delacour!
Aplausos foram ouvidos quando Dominique foi ao centro do palco com um sorriso malandro nos lábios. Rose pegou um balde enorme e cheio de gelo que estava no canto do palco, e começou a tirar limonada de lá. Foi espalhando as limonadas pela plateia com a ajuda de Lysander, jogando algumas e entregando outras.
– Então pessoal – Dominique começou a falar, ainda ofegante. –, nós gostaríamos de falar sobre uma coisa muito importante. Importantíssima. – Albus tocou no prato da bateria repetidas vezes, criando suspense. Dominique levantou um braço, mostrando a lata de limonada em sua mão. – LIMONADA! – Todos na plateia gritaram, abrindo sua limonada e bebendo enquanto escutavam Dominique. – É o seguinte. A máquina de limonada no porão vai ser removida. – Os alunos do Submundo vaiaram, as vaias sendo direcionadas mais para o diretor do que para a banda. – E nós não podemos deixar isso acontecer. Assim como não podemos deixar com que o diretor continue colocando aulas e turmas que não são relacionadas a esporte no porão. – O diretor se virou, irritado, para a Sra Brumford, que deu de ombros, sinalizando que não sabia o que estava acontecendo. – Não podemos deixar com que ele continue nos forçando a ficar calados. Não deixem eles fazerem nós nos sentirmos como se não tivéssemos importância, porque meus queridos, nós TEMOS importância!
E, ao gritar isso, Dominique abriu o colete que usava, revelando a camisa vermelha que usara no primeiro dia de aula. E então, a segunda música da apresentação começou, Scorp, Rose, Dominique e Lysander lado a lado, cada um com um microfone e seu respectivo instrumento dançando e cantando depois que Albus deu início à canção.
– BE HEARD, BE STRONG, BE PROUD! – Os quatro cantaram, e então Dominique cantou sozinha. – I wanna make some noise! – A plateia já dançava, animada e bebendo limonada. – STAND UP, C’MON, BE LOUD! We gotta raise our voice! C’MON, C’MON, C’MON! You gotta hear me now, you gotta hear me now, YOU GOTTA HEAR ME NOW! – Os quatro, na frente, sorriam enquanto dançavam a coreografia diversas vezes ensaiada. Dominique arrancou o microfone do apoio e eles se espalharam no palco quando ela começou a cantar.
– Hey now, we no longer wait around, my team stronger than weights now, keeps on growing, our muscles keeps on showing! – Ela jogou o microfone para Scorp, que começou com um rap. – We came here to make a change, we came here to rearrange, we came here cause we believe, we came here cause we achieve, yeah – ele sorriu e devolveu o microfone para Dominique. – While I've got the microphone, make sure how I feel is known, all for one we rock the zone, how I feel to each his own – Ela arremessou o objeto para as mãos hábeis de Scorp mais uma vez. – All my people treat ‘em right, we reserve the right to fight, for what we want, for what we need, to the front we shall proceed!
Eles voltaram às posições anteriores, dando vez para Rose novamente.
– Here we come and we're ready to go, go, go! – Ela dançava e todos na platéia gritavam seus nomes. Era algo surreal. Enquanto isso, o director bufava e encarava eles com um ódio mortal. – Better run cause we don't take no, no, no! So come on! – O diretor não se segurou. Começou a ir até o palco, gritando “PAREM PAREM PAREM AGORA”, em vão. – Be heard, be strong, be proud, I wanna make some noise! Stand up, come on, be loud, we're gonna raise our voice! Come on, come on, come on, you gotta hear me now! You gotta hear me now! You gotta hear me now!
Nesse momento, Dominique pegou um megafone e começou a falar, com um sorriso malandro no rosto.
– NINGUÉM VAI NOS IMPEDIR DE CANTAR PELO QUE ACREDITAMOS! – “NÃO NÃO NÃO”, o diretor berrava. – E EU TENHO CERTEZA QUE VOCÊS VÃO NOS APOIAR, PORQUE SOMOS UM SÓ! TODOS PRONTOS? VAMOS LÁ! – Ela jogou o megafone no chão, trocando-o por um microfone, e voltou a cantar.
– Be heard, be strong, be proud, I wanna make some noise! – o director se dirigiu aos fundos do palco, tentando desligar os sons. Ao ver ele mexendo nos equipamentos, Lorcan pulou em suas costas, tentando impedi-lo. – Stand up, come on, be loud, we're gonna raise our voice! – “PARE COM ISSO VOCÊ NÃO VAI CONSEGUIR”, Lorcan dizia enquanto tentava afastar ele dos cabos. “SAIA DE CIMA DE MIM SEU MACACO LOUCO”, o diretor dizia em resposta. – Come on, come on, come on, you gotta hear me now! You gotta hear me now! You gotta hear me now!
E então, tudo ficou escuro e silencioso, se escutando apenas os muxoxos e gritos de decepção da plateia. O diretor havia desligado tudo. Dominique sorriu. Aquele era só o começo da Lemonade Mouth.

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